quinta-feira, 21 de março de 2013

ATTIC - the invocation (review)


ATTIC – the invocation (2012)
(Ván Records - 2012)

Nunca é fácil equilibrar as nossas tendências quando ouvimos heavy metal! Falo das minha, como é óbvio! Como é que nos desembaraçamos daquela posição difícil em que ficamos quando ouvimos um trabalho que gostamos bastante mas, ao mesmo tempo, temos a perfeita noção que aquilo que temos perante nós poderia ter sido traçado a papel químico da obra de outros ilustres que antes percorreram estes mesmos caminhos? Sou obrigado a apoiar-me em algumas velhas máximas que afirmam sábiamente que já foi tudo inventado e recordo-me de alguns minutos gastos a ver um mini-documentário intitulado Everything Is A Remix (aconselho)! No fundo, o que continua a ser o mais importante é a forma como a música nos faz sentir!

Tudo esta conversa anterior tem algum sentido, sentido quando falamos dos alemães ATTIC e deste seu trabalho “The Invocation”! Isto é bom heavy metal e estão aqui alguns temas que não consigo ouvir apenas uma vez, obrigando-me sempre a recorrer a uma breve incursão no mundo do toca & repete! Mas acontece que tudo aqui tresanda a Mercyful Fate e King Diamond! Quando digo tresanda: se fecharem os olhos e não souberem do que se passa, vão afirmar seguramente que se trata de um novo trabalho do vocalista dinamarquês!! Deve isto ser um impedimento para darem uma oportunidade a esta banda e a este disco? Deixem-se disso, que o que importa mesmo é que o tema título, ‘The Invocation’, é uma malha do cacete e o seguinte, ‘The Headless Horseman’, não lhe fica muito atrás!!

O ambiente é propício a sessões espíritas e existe muita da tradicional visita às histórias de fantasmas e fantasias envolvendo misteriosas personagens femininas, orfanatos assombrados e assembleias de bruxas, tudo servido com uma banda sonora de bom e clássico heavy metal que estes alemães, passe as obrigatórias comparações, conseguem criar e apresentar tão bem! É terreno batido? Sem dúvida. Mas não deixa de ser um terreno a visitar com alguma frequência e prazer! (Rui Marujo)

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