quinta-feira, 10 de outubro de 2013

[review] YOUR LAST WISH – desolation (2012)


YOUR LAST WISH – desolation
(Cryogenic Records – 2012)

Por alguma razão, os países mais frios e mais desenvolvidos parecem lançar continuamente ondas e ondas de bom metal para o resto do globo! Desta vez os meus ouvidos foram acariciados por YOUR LAST WISH, um quinteto de Montreal, Quebec que traz o bom do melodic death a reboque com o seu título mais recente, “Desolation”.

Este é o segundo álbum de longa duração da banda, (tendo o primeiro saído em 2007) e contam também já com um EP de 2011, que é composto por três músicas presentes também em “Desolation”. Mas para a sua curta discografia, a banda já passou por algumas trocas de membros. Tantas até que o único membro fundador ainda na banda é Jean-François Gagné (guitarra)! Roxana Bouchard (vocals) e Steven Vacarella (bateria) são as adições mais recentes, sendo este álbum a primeira aparição do baterista!

Se resolverem realmente dar uma olhadela a este álbum, vão encontrar melodia em abundância, acompanhada de sweeps e o ocasional tapping, por parte dos três elementos de cordas na banda. Neste álbum o baixo não é nenhum estranho à ribalta, e até tem destaque em algumas músicas (como por exemplo 'Crisis To Creation' e 'Le Pact'). A voz de Roxana varia constantemente entre os dois pólos do agudo e do grave e vem por vezes em francês! A bateria é o mais previsível dos instrumentos, mas está ainda assim longe da banalidade.

Um pormenor agradável é que Jean-François Gagné e David Gagné (não relacionados) usam oito cordas nas suas guitarras, e enquanto que para muitos hoje em dia isso significa “mais peso” e “uns abafados do demónio”, (também os há, mais notavelmente em 'Colision Course') o duo realmente faz bom uso do grande espectro fornecido pelas cordas extra. Como resultado, qualquer música em “Desolation” percorre grande parte do neck com um certo à vontade. O mesmo pode ser dito, claro, do baixista Louis Goulet e as suas 6 cordas.

O álbum foi produzido pela própria banda, e como resultado, todos os instrumentos estão no seu devido lugar criando uma produção limpa e bastante agradável.

A memorabilidade deste álbum fica à mercê de critérios como o gosto pessoal (como é o caso tantas vezes) mas não se pode realmente furar buracos na sua qualidade! “Desolation” são três quartos de hora de bom metal, recheados de melodia e com os seus momentos de destruição. --- [Diogo Alphonso]

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